Você já parou para pensar em como seria a vida em um centro urbano se não existissem os aplicativos que intermedeiam nós e as opções de deslocamento disponíveis? Nada de aplicativos que mostram horários de transportes públicos, ou locação de bikes e veículos, até mesmo os apps de viagens, onde você pode ir para onde precisar sem precisar dirigir.
Pois bem, a tecnologia é fundamental para que exista eficiência entre os vários modais de transporte existente, tanto para intermediar a relação cidadão-transporte, quanto para o desenvolvimento da estratégia de transporte que será utilizado. No caso de um aplicativo de corrida, por exemplo, é fundamental que exista uma empresa de tecnologia por trás para o desenvolvimento do app até a intermediação da experiência do usuário com a plataforma.
Mobilidade urbana no Brasil
O paradigma do automóvel influenciou diretamente o planejamento e construção das cidades que surgiram nas décadas de 50 e 60. Brasília, por exemplo, foi inteiramente planejada para ter seu deslocamento realizado com veículos. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) em uma pesquisa realizada no ano de 2016, a frota de automóveis brasileira cresceu 400% em dez anos.
A desigualdade social é presente em todo mundo, no Brasil ela é ainda mais evidente, especialmente quando levamos em consideração a forma de deslocamento da população, de acordo com dados apurados em 2017 pela plataforma MobiliDADOS, na cidade de São Paulo cerca de 37% da população utiliza transporte público, 31% se deslocam a pé e 31% utilizam veículo próprio (moto, carro, van etc.).
A quinta edição do Boletim MobiliDADOS Em Foco, publicado em novembro de 2019, traz informações sobre traz iformações relevantes quando debatemos o tempo perdido com deslocamentos: “As regiões metropolitanas concentram metade dos municípios, onde mais de 10% da população gasta mais de uma hora no trajeto casa-trabalho.”, isso representa uma quantidade razoável de tempo em que as pessoas têm de dispor para poder se deslocar nos centros urbanos. No estado de São Paulo a média de tempo dentro de transportes (sem especificação do modal) chega a 45,6 minutos, segundo informações compiladas da Mobilize.
Tecnologia como aliada
Dados da 30ª Pesquisa Anual de Administração e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas, realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), destacam que existem 230 milhões de celulares ativos no país (10 milhões a mais do que o registrado em 2018). Isso não representa apenas um nicho de mercado com números expressivos, mostra que o usuário sempre busca formas alternativas e eficientes de se deslocar, desde os app’s de viagem até maneiras mais práticas para conseguir carregar o bilhete do transporte público ou alugar um bicicleta, por exemplo.
Apesar das necessidades, ainda existe um déficit muito grande quando falamos em políticas públicas eficientes para o aprimoramento dos transportes e da tecnologia que os circunda, é justamente por isso que o nicho de aplicativos de corrida é tão grande no país. Segundo pesquisa da Mobile Time, atualmente no Brasil, 71% dos usuários de smartphone já solicitaram um transporte por aplicativo.
O Brasil é, de longe, um dos maiores fãs de app’s de corrida, uma pesquisa realizada pela Toluna mostrou que os brasileiros gastam, em média, R$ 300 reais por mês com aplicativos de transporte. Levando em conta o salário mínimo brasileiro, que é R$1045, esse valor representa um investimento de 28,7 % da renda mensal.
O deslocamento urbano no brasil ainda é muito desigual, apesar disso, a batalha que existe entre a tecnologia e o desenvolvimento de formas mais eficazes de modais proporciona uma ligeira equiparação de tempo perdido, especialmente com os modais que unem aplicativos de corrida e população.
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